quinta-feira, 13 de dezembro de 2012






Então ela finge. Finge que não vê, finge que não leu, finge que não liga. Finge que está bem, finge que é feliz. Ela finge que não é nada sentimental. Escode suas lágrimas de uma forma de dar dó. Finge que esqueceu, que nada aconteceu. Ela finge que suporta tudo isso de cabeça erguida. Finge que é forte, mesmo sabendo que é fraca o bastante por dentro. Mas ninguém precisa saber, ninguém precisa saber o que passa por aqui, dentro dela. Afinal, ninguém se importa […] E como todos os dias continua sorrindo, repetindo pra si mesmo ”Tudo vai ficar bem, te acalma. "É só um pesadelo”.” Mas que pesadelo mais cruel, pequena.



                                                      “Talvez tudo, talvez nada.”
                                                               — Caio F. Abreu.